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GLAUCOMA

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     Glaucoma é uma doença causada por múltiplos fatores e que vai gradualmente roubando a visão sem qualquer aviso e freqüentemente sem nenhum sintoma. A perda da visão é causada pela lesão continuada ao nervo óptico. Esse nervo funciona como um cabo de TV com mais de 1.000.000 de fios, e é responsável por levar as imagens que o olho vê para o cérebro.

        Antigamente pensava-se que a pressão intra-ocular (PIO) elevada era a única causa da lesão ao nervo óptico. Hoje sabemos que apesar da pressão do olho ser o principal fator de risco, existem outros fatores envolvidos, já que até mesmo pessoas com PIO consideradas normais podem apresentar perda de visão pelo glaucoma.

Existe cura para o Glaucoma?

          Atualmente, não existe cura para o glaucoma. Assim como a diabetes e a hipertensão arterial, o glaucoma é uma doença crônica que deve ser tratada a vida toda. Com o tratamento contínuo, a progressão da lesão ao nervo óptico pelo glaucoma é suspensa, e dizemos que o glaucoma está controlado.

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            Nos últimos anos muita coisa está acontecendo no campo de pesquisa do glaucoma que nos torna esperançosos a respeito de novos tratamentos, neuroproteção e neuroregeneração.

Quais os sintomas do Glaucoma

     Na maior parte dos casos (glaucoma de ângulo aberto) a elevação da pressão intra-ocular é gradual e o paciente não tem sintomas até que grande parte do nervo e do campo de visão estejam comprometidos.

 

       Em glaucomas agudos, o paciente pode experimentar dor ocular intensa, visão borrada, dor de cabeça, náuseas e até vômitos. Essa é uma emergência ocular e o paciente deve procurar auxílio médico o mais rápido possível.

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Visão Normal

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Visão com Glaucoma Avançado

O Glaucoma em estágio avançado pode ser muito destrutivo para a sua visão

           Todo mundo pode desenvolver glaucoma, no entanto, pessoas com mais de 60 anos têm 6 vezes mais chances de desenvolver glaucoma do que os mais jovens. O fato é que existem outros fatores de risco para o desenvolvimento do glaucoma, além da pressão intra-ocular e da idade. Os mais importantes são:

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  • Miopia;

  • História familiar de glaucoma: aumenta em 6 vezes o seu risco de desenvolver glaucoma;

  • Uso de corticóides em forma de colírios ou sistemico, por períodos prolongados, está relacionado à hipertensão ocular e ao glaucoma de ângulo aberto.


          Além destes, temos ainda como fatores de risco para o desenvolvimento de glaucoma a história de trauma ocular, a anemia severa e a enxaqueca crônica.

Se você apresenta um ou mais destes fatores, significa que o seu risco de desenvolver glaucoma é maior do que o normal e, portanto, precisa fazer exames periódicos para detectar sinais precoces de dano ao nervo óptico.

Quais os sintomas do Glaucoma

  • Glaucoma primário de ângulo aberto

 

        Essa é a forma mais comum de glaucoma, afetando de 1,8 a 3 milhões de brasileiros. Acontece quando o canal de drenagem do olho torna-se entupido com o passar do tempo.

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          O olho está continuamente produzindo um fluido que o preenche, o humor aquoso. Quando a produção do fluido é maior do que a sua drenagem, a pressão intra-ocular se eleva da mesma forma como uma pia com o ralo entupido e a torneira aberta se enche de água. Na pia, a água pode transbordar, mas no olho a pressão aumenta e passa a comprimir as estruturas do olho, danificando o nervo óptico.

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     A maioria das pessoas com GPAA não tem sintomas, e se um exame preventivo não for realizado pelo oftalmologista, a doença passa despercebida, desenvolvendo-se lentamente e causando perda progressiva e silenciosa da visão por muitos anos. É uma doença que responde bem ao tratamento, especialmente se for diagnosticada precocemente e controlada.

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  • Glaucoma de ângulo fechado


         Esse tipo de glaucoma é também conhecido como glaucoma agudo ou glaucoma de ângulo estreito. Ocorre quando o canal de drenagem do olho torna-se subitamente totalmente obstruído, como quando colocamos uma tampa no ralo da pia. É mais raro e muito diferente do GPAA, pois a pressão intra-ocular sobe rapidamente a níveis bastante elevados.

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       O glaucoma de ângulo fechado pode manifestar-se com forte dor de cabeça, dor ocular, enjôos, halos e arco-íris ao redor de luzes, e visão borrada. É uma situação de emergência ocular, e o seu oftalmologista deve ser contactado imediatamente.

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  • Glaucomas secundários


        O glaucoma pode ocorrer como o resultado ou seqüela de um trauma ocular, inflamação, tumor ou em casos avançados de catarata e diabetes. Também pode ser causado pelo uso de certos medicamentos como corticóides (cortisona). Existem ainda outros tipos de glaucoma mais raros, como por exemplo os causados pela má-formação do canal de drenagem do olho, ou pela exfoliação da cápsula do cristalino.

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       Os glaucomas secundários podem ser leves ou severos, e o tipo de tratamento depende se são do tipo ângulo aberto ou fechado.

Exames diagnósticos

         O check-up regular para glaucoma inclui teste de rotina, como a tonometria (medida da pressão) e a oftalmoscopia (fundo de olho), e testes específicos, realizados quando existe a suspeita de glaucoma, como a gonioscopia, a perimetria (campo visual), a análise da camada de fibras Nervosas GDx e a tomografia de nervo óptico - OCT.

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          É muito importante ter seus olhos examinados regularmente para excluir a possibilidade de glaucoma. Esses testes devem idealmente ser realizados aos 35 e 40 anos, sendo repetido a cada 2 anos até os 60 anos, e então, anualmente. As pessoas que tem algum fator de risco, devem ser examinadas a cada 1 ou 2 anos a partir dos 35 anos.

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  • Tonometria


       A tonometria mede a pressão intra-ocular. Para realizar o exame, geralmente é utilizado um colírio anestésico e um corante. O médico então utiliza um aparelho especial que mede a pressão do olho.

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  • Oftalmoscopia


     A oftalmoscopia é o exame que permite a visualização das estruturas de dentro do olho, principalmente o nervo óptico. Em uma sala com baixa luminosidade, o médico utiliza um oftalmoscópio ou uma lente de aumento especial para examinar o aspecto e a cor do nervo óptico.

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  • Perimetria


    O teste de perimetria é também chamado campimetria ou campo visual. Durante este teste você precisa olhar em frente e indicar apertando um botão todas as vezes que vir uma luz no seu campo de visão. Esse teste permite que seja feito um mapa da sua visão.

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  • Gonioscopia


     Este é um teste indolor que avalia se o ângulo onde a íris e a córnea se encontram no interior do olho está amplo ou estreito, mostrando se o glaucoma é de ângulo aberto ou fechado.

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  • Tomografia / Imagem computadorizada


         Existem algumas formas de se obter uma imagem digital do nervo óptico. O GDx (Scanning Laser Polarimetry), por exemplo, utiliza um feixe de laser para fazer uma varredura do fundo de olho permitindo também a medida da espessura da camada de fibras nervosas ao redor do nervo óptico.

 

  • Camada de Fibras

  • Nervosas (CFN) saudável

  • Lesão moderada da CFN

  • Dano severo à CFN

 

           O OCT (Optical Coherence Tomograph) é o aparelho mais moderno no mercado para análise da retina e nervo óptico, permitindo a visualização das camadas retinianas como num corte histológico, no que chamamos biópsia óptica. Também é importante para o estudo do nervo óptico e quantificação da camada de fibras nervosas.

Tratando o Glaucoma

     Atualmente, não existe cura para o glaucoma. Assim como a diabetes e a hipertensão arterial, o glaucoma é uma doença crônica que deve ser tratada a vida toda.


       O glaucoma pode ser tratado com colírios, laser, cirurgia e, em alguns casos, todas essas opções. O seu oftalmologista é quem vai decidir qual é a melhor opção de tratamento no seu caso.

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  • Colírios


      São a maneira mais freqüente de se tratar o glaucoma, e devem ser usados diariamente e de forma continuada. Em alguns casos necessitamos prescrever comprimidos por curtos períodos de tempo.

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      Os colírios podem ser trocados de acordo com a resposta de cada paciente e com o tipo de glaucoma.

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  • Laser (trabeculoplastia a laser)


     Realizada quando os colírios não são capazes de controlar sozinhos a pressão intra-ocular e a perda do campo de visão. Em muitos casos os colírios necessitam ser continuados mesmo após o laser. A trabeculoplastia é um procedimento realizado no consultório e não necessita anestesia local.

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  • Cirurgia


   A cirurgia do glaucoma é geralmente indicada quando os colírios e a trabeculoplastia falharam em diminuir suficientemente a pressão intra-ocular e a deter a progressão da perda visual.

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    Na cirurgia de trabeculectomia, um novo canal de drenagem para o fluido intra-ocular é criado.

 

     Outro tipo de cirurgia que pode ser indicado é o implante de uma válvula de drenagem, com o mesmo objetivo.

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     Em glaucomas avançados ou complicados, pode ser indicado a realização de uma ciclofotocoagulação com um laser especial (Diodo) para diminuir a produção do fluido intra-ocular de maneira definitiva. (saiba mais sobre o laser diodo vermelho).

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     Com a manutenção da pressão intraocular abaixo dos valores de risco para cada paciente, a progressão da lesão ao nervo óptico pelo glaucoma é suspensa, porém perda visual que já ocorreu não pode ser recuperada:


     O tratamento adequado e o acompanhamento criterioso pode salvar a visão que ainda não foi comprometida!

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